sábado, 20 de março de 2010

Cidade do Vaticano

Ainda quando estava em Roma, consegui visitar a cidade do Papa. A Mecca para os cristãos, provavelmente é um lugar indispensável para quem vai pra Roma, inclusive para quem não é católico.

Com cerca de 44 hectares e população de 800 pessoas (padres, missionários e religiosos de plantão), o Vaticano é o menor país do mundo. Pela quantidade de jóias, artes e arquitetura sem dúvida é o mais rico por metro quadrado também.

Assim como todos sabem, o soberano desse país nada mais é do que o próprio Papa, eleito através do ritual na Capela Sistina com a fumaça branca. O Papa então, exerce os cargos executivo, legislativo e judicial ao mesmo tempo, ou seja, um monarca. Esse é um dos casos mais raros de monarquia que não é passado de pai para filho (óbvio). Militarmente falando, o país é composto por um pouco mais de 100 guardas católicos suiços, possuindo o menor exército do mundo também. Já na economia, a única forma comercial é vendendo os souveniers, cartões postais e a entrada da Capela Sistina e museus (Ok, e de onde vem aquelas jóias e ouro todo nas paredes???).

Primeiramente, visitei a grande (gigante) basílica de São Pedro. Dizem que a basílica foi construída exatamente onde São Pedro foi crucificado de ponta cabeça. Outros dizem, que foi o lugar onde diversos mártires cristãos morreram durante o grande incêndio de Roma por Nero. A verdade é que a basílica é imensa e muito bonita, com diversas pinturas e esculturas por toda parte. Me senti muito pequeno ao entrar diante de tanta imensidão. Parece que entramos no céu, ao ver tantos santos e figuras religiosas.

Logo depois, visitei a famosa Capela Sistina, um dos pontos mais procurados por turistas em Roma. Rodeada por museus, pinturas e esculturas, tive um percurso artístico fantástico até chegar na capela. Chegando lá, é impressionate as pinturas no teto que Michelangelo fez, com detalhes que até assustam. Pareciam pessoas reais no teto da capela ou pelo menos esculturas em cores. Apesar de ser extremamente proibido tirar fotos dentro da Capela Sistina, consegui tirar algumas fotos. Ao meu lado, tinha um rapaz que tirou uma fotinha e o guardas vieram em direção a ele parecendo uma cena de "pega ladrão!", e confiscaram a camera do cara (realmente muito severo).

Com certeza o Vaticano é um dos países mais curiosos do mundo. Pelo seu tamanho, população, arte, arquitetura e fé faz desse lugar muito especial, além de claro, religiosamente sagrado por muitos.

Mais fotos aqui.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Itália - parte 3: Veneza, Verona, Milão e Lago di Como

Chegando a tempo para assistir o pôr-do-sol depois de Bolonha, me deparei com uma cidade fabulosa, um lugar totalmente diferente de qualquer outro já visto, a cidade-sobre-água Veneza.

Situada no norte da Itália, na região de Veneto, Veneza já foi citada como: La Dominante, Sereníssima, Rainha do Mar Adriático, Cidade das Águas, Cidade das Máscaras e já descrita como "sem dúvida, a mais bela cidade já construída pelo homem" (New York Times).

Cidade de Antonio Vivaldi, Veneza possui mais de 110 ilhas e é também conhecida pelos seus românticos passeios de gôndolas, sendo um dos maiores (e mais caros) atrativos turísticos da Itália. O mais interessante em Veneza, é que existem poucas ruas, que são destinadas apenas a pedestres. Não existem carros, apenas barcos.

Uma das atrações principais, além dos canais e museus da cidade é a Praça de San Marco. Em certas épocas do ano, o lugar é inundado pela maré impossibilitando turistas desavisados de circular no local. De vez em quando, é possível ver algumas passarelas de madeira para a movimentação dos nativos. É impressionante!

Há rumores que Veneza está afundando 1cm por ano! Estudos comprovam que devido ao peso das construções e a idade dos fundamentos está deixando a cidade quase inteiramente debaixo d'água. Então, não perca muito tempo se você está planejando visitar Veneza viu ;)

Saindo de Veneza, a neve estava começando a cobrir a região norte da Itália. Depois de mais uma horinha de trem, chego em Verona, a cidade de Romeo e Giuletta coberta pela neve.

Com seu legado histórico, Verona é conhecida como uma das mais desenvolvidas e progredidas cidades durante o Império Romano. Seu anfiteatro, um coliseu menor que o de Roma, é ainda palco para muitos shows, operas, concertos e feiras anuais. Lá pude visitar a casa de Romeo e da Giuletta, personagens da estória de Shakespeare e beber um bom Ciocolatto con panna (Chocolate com creme). Dizem que se você passar as mãos nos seios de Giulietta, tem sorte no amor, pura safadeza isso sim hehehe

Depois de muita neve em Verona, fui para Milão, a cidade mais rica da Itália e uma das maiores da Europa. Como o tempo estava correndo e a cidade não é tão turística (compare com a cidade de São Paulo), decidi apenas dar uma volta a pé e tirar umas fotos durante a noite, visitando Le Grand Duomo e sua praça central. Devido a bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial, Milão não pode conservar suas construções histórias assim como outras regiões da Itália. Provalmente a cidade tem muito a ofercer para os visitantes de outras formas, mas preferi visitar outros pontos do país.

Saindo novamente bem de manhazinha, parti para o Lago di Como, no extremo norte da Itália e próximo a Suiça.

Mais de 400 metros de profundidade, o Lago di Como é um dos mais profundos e mais bonitos da Europa. Moradia de aristrocatas e pessoas influentes, não pense que as casas nos morros das margens do lago sejam favelas. Pelo contrário, uma das mais caras da Itália, como casa de Ronaldinho, Sylvester Stallone, George Clooney, Gianni Versace e até da Madonna.

Andando em volta do lago (não todo é claro), pude ver uma paisagem realmente fantástica: nas margens, casais andando de mãos dadas calmamente, crianças brincando com os passarinhos e idosos pescando; no lago, pessoas esquiando, andando de barco e pedalinho; no céu, alguns pequenos aviões sobrevoando o lago; nas colinas, casas bonitas e um trem subindo ao topo coberto pela neve; e ao fundo, os alpes suiços vigiando o lago. Com certeza um dos lugares mais bonitos da Itália.

E depois de uma volta de barco ao redor do lago e um passeio de trem ao topo da colina com vista panorâmica da paisagem (topo cheio de neve) , encerrei com chave de ouro minha viagem a Itália.

Obrigado por terem lido, mandem comentários!

Arriverderci!

Mais fotos: Veneza, Verona, Milão e Lago di Como

terça-feira, 16 de março de 2010

Itália - parte 2: Pisa, Florença e Bolonha

Depois de "viver" um pouquinho a cidade-monumento da Itália, peguei o trem em direção à Toscana, região das cidades de Pisa e Florença.

Toscana, região central da Itália, é bem conhecida pelas suas belas paisagens, rico legado artístico e vasta influência cultural. Florência, sua capital, foi o verdadeiro berço do Renascimento e teve sido moradia das pessoas mais influentes da história da humanidade como Dante Alighieri, Botticelli, Michelangelo, Galileo Galilei, Amerigo Vespucci, Petrarca e Puccini. Por isso, encontra-se vários museus dedicados a essas grandes personalidades, assim como o Uffizi e o Pitti Palace. Além disso, Toscana é produtora dos melhores vinhos da Itália (pra não dizer do mundo) com suas diversas vinícolas espalhadas pela região. Não é a toa que recebe mais de 10 milhões de turistas todo ano. No meio dessa multidão de turistas (maioria asiáticos), estava eu lá contemplando a belezas da região, deliciando dos vinhos e cafezinhos, além de ótima comida e hospitalidade.

Já cheguei chegando em Florença meio que tarde, 8 horas da noite. Decidi então acordar cedinho na manhã seguinte e pegar o primeiro trem pra Pisa, numa viagem do tipo "bate e volta", já que Pisa fica do ladinho de Florença. Então, na escuridão da madrugada na Itália, segui meu rumo com minha câmera preparada em direção de Pisa.

Ainda dentro do trem, pude ver o nascer do sol passando por Lucca, uma cidadezinha muito bonita, daquelas com cheirinho de cafezinho na manhã de domingo e passarinho cantando. Lucca parece aquela cidadezinha pitoresca e aconchegando no alto da colina sabe, mas sem a colina :)

Quando cheguei em Pisa, para minha descoberta, ninguém falava inglês! Foi aí que meu italiano começou a aparecer de vez. Com um livrinho de frases úteis, pude me virar direitinho, fiquei muito animado e pensei: "Putz cara, eu to na Itália falando italiano!". Pense na cena, um velhinho passa por você e solta um "Buon Giorno" como você fosse um nativo, isso é demais. Sem contar que fiquei impressionado com a "La torre pendente". Realmente a torre de Pisa é inclinada mesmo. Parece que vai cair a qualquer momento. Show!

De volta a Florença, visitei o famoso museu Uffizi e sua filinha de mais de 2 horas pra entrar. Pra quem gosta de arte, dá pra ficar o dia inteirinho lá apreciando a arte (originais) dos famosos artistas da história. Outros pontos legais pra ir em Florença são o Duomo, a ponte Vecchio (a ponte mais cara, com várias joalherias em cima da ponte), Piazza Vecchio (várias estátuas famosas) e a igreja de Santa Croce, com as sepulturas de Dante Allighieri, Maquiavel, Galileo e Michelangelo. Além do Piazza Michelangelo, onde eu assiti o pôr-do-sol mais bonito da Itália (fiquei tão impressionado e retornei para o nascer do sol no dia seguinte :)

Saindo de Toscana em direção à Veneza, minha próxima parada, Bolonha. Conhecida pela universidade mais antiga do Mundo Ocidental e pela qualidade de vida, Bolonha é uma das cidades mais desenvolvidas da Itália, está no top das melhores cidades da Europa para se viver e é considerada altamente auto-suficiente.

Uma coisa interessante de Bolonha é sua tendência aos partidos políticos de esquerda, além de todas as casas serem "vermelhas". Foi daí que se associou o vermelho com partidos de esquerda e pela famosa comida Bolonhesa, com molho característico avermelhado.

E é claro, não pude deixar de comer Le Tradizionale Tortellini alla Bolognesa! Assim como Pisa, ninguém falava inglês. Assimilei tão bem o italiano em Bolonha que nem precisei falar em inglês mesmo, talvez o garçom nem notou que era estrangeiro hehe

Mais fotos: Pisa, Florença e Bolonha

A seguir: Veneza, Verona, Milão e Lago di Como.


sábado, 13 de março de 2010

Itália - parte 1: Roma

Ciao regazzi!

Depois de mais um tempão sem postar, venho agora com mais um país na minha lista: Itália. Foram no total 8 cidades em uma semana: Roma, Pisa, Florência, Bolonha, Veneza, Verona, Milão e Lago di Como.

Mas daí você me pergunta: "Má como, questo non è possibile!". Sim, consegui visitar todas as cidades, sem pressa, sem agitação e sem deixar de ver todos os pontos turísticos de cada lugar. A questão é ter muita disposição, acordar bem cedo todos os dias (5h da manhã), descartar os "passeios" noturnos pra estar inteiro no dia seguinte, e o mais importante: não se dar o luxo de se perder! Sempre que pude, adiantava informações, conseguia mapas, olhava horários e se não soubesse alguma coisa, perguntava pra alguém. Não é a toa o ditado: Quem tem boca vai à Roma!!! Literalmente... \o/

Vamos então aos highlights de Roma:

A viagem pra a Itália já começou em sua famosa capital, a cidade monumento Roma. É impressionante quanta coisa ainda está conservada desde o Império Romano, muitas ruínas, monumentos e arquitetura, esculturas e pinturas, escrituras e muito mais.

Chegando em Roma ao meio dia (tinha partido de Dublin às 6h), deixei minha mochila no hostel próximo ao Piazza Cinquecento (lê-se "Tchincoetchento"), peguei um mapa e comecei meu tour já com lugares imperdíveis: o Foro Romano, Palatino e o Coliseu, ou pelo menos o que sobrou deles à mais de 2000 anos atrás.
Para quem não sabe, o Palatino é uma das estruturas mais antigas do mundo antigo como se fosse uma pequena cidade ao topo da colina, e ao seu lado o Foro Romano onde os romanos juntavam os importantes poderes judiciais, políticos e religiosos de Roma. Além do Coliseu, que foi inaugurado com 100 dias de espetáculos e milhares de mortes.

No dia seguinte, o ônibus vermelhinho do City Sightseeing ajudou bastante e não perdi muito tempo caminhando. Aliás, aja perna! Mesmo com o ônibus fica difícil chegar aos pontos turísticos sem se cansar. Nessa manhazinha já fui para o Vaticano, mas isso deixarei pra outro post ;)

Logo depois, passei na frente do castelo de Sant'Angelo, um castelo redondo ligado à Capela Sistina por uma passeata chamada "Il Passito" que os papas e religiosos utilizam para se proteger de invasões contra o Vaticano.

Em seguida, visitei Piazza del Popolo, onde ia ser mostrado a taça da copa do mundo que os italianos receberam na Copa de 2006 e depois Piazza di Spagna, bem bonita também. Ah foi por lá que tomei o melhor gelatto (sorvete) de todos os tempos! Muito bom! Ainda deu tempo de visitar a Fontana de Trevi, muito famosa também e o Pantheon (o templo mais antigo de Roma) antes de escurecer.

Caindo a noite, visitei o Piazza Navona, onde tem a embaixada brasileira (gigante!) e o fonte onde o papa do filme Anjos e Demônios tinha se afogado. Pausa para descoberta: a fonte é rasinha! Não molha nem minha canela, imagina afogar alguém! É muita malandragem... (com um pouquinho de falcatrua). O dia acabou então com um jantar DE GRAÇA no hostel com muita pizza boa (buoníssima) e um pessoal que achava que era espanhol (será que pelo sobrenome Mendes?)

Antes mesmo de ir pra Florência, dei mais uma voltinha de ônibus e visitei o Piazza Bocca della Verità, onde tem uma grande estátua de boca que come a mão de quem fala mentira. Além disso, fui no Piazza Venezia com a magnífica construção e monumentos ao Império Romano, muito bonito.

Mais fotos aqui.

A seguir: Pisa, Florência, Bolonha, Veneza, Verona, Milão e Lago di Como!

Arrivederci!